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Biblioteca Barahona Fernandes

Localização: Pavilhão 11
Horário de funcionamento: dias úteis das 8h30 às 17h30
Contacto: 217 917 008

A Biblioteca está aberta aos colaboradores e público em geral, com acesso à plataforma ClinicalKey®
Dispõe de Wi-Fi.

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História da Biblioteca

Do decreto de 11 de maio de 1911, inspirado por Júlio de Matos, nasceu o projeto do Novo Manicómio de Lisboa (cujas plantas datam de 9 de outubro de 1913), competindo-lhe simultaneamente, as funções de assistência, de ensino da psiquiatria e da investigação científica. Para este fim foi dotado de uma Biblioteca e de um Museu, os quais foram desde logo planeados no projeto inicial.

A Paranoia, de Júlio de Matos @arquivo CHPL

Após trinta anos de gestação, a Biblioteca abriu ao público a 2 de abril de 1942, tendo a designação de Hospital de Júlio de Matos, em homenagem ao seu patrono.

Na Biblioteca do Hospital editaram-se, entre 1949 e 1973, os Anais Portugueses de Psiquiatria, publicação anual, sob a Direção de António Flores e de Barahona Fernandes e Seabra-Dinis, Secretário da Redação, com edição do Hospital Júlio de Matos. Em 1951, Seabra-Dinis iniciou o Serviço de Permuta: «(…) foi nosso constante desígnio estabelecer um vivo intercâmbio com as publicações nacionais e estrangeiras congéneres ou cujos passos se cruzam dalgum modo com os da especialidade que cultivamos (…)». Através deste serviço alcançou-se nesse ano, um total de 103 títulos nos seguintes idiomas: alemão, checo, croata, espanhol, finlandês, francês, inglês, italiano, japonês, polaco, russo e português.

Através da monografia, Hospital Júlio de Matos: Estabelecimento de Assistência a Doentes Nervosos e Mentais, [1949], editada em português e francês e em [1962] em inglês, temos conhecimento que em 1948 se verificaram melhoramentos na Biblioteca.

Em meados de 1978, o Dr. Amorim Ferreira, Presidente do Conselho de Gestão, nomeou a Dr.ª Suzana Teiga, médica psiquiatra, para coordenadora de um grupo de trabalho destinado à reorganização da Biblioteca. O grupo era composto pelos internos Dr. Fernando Pego, Dr. António José Albuquerque e pela bibliotecária então contratada, Dr.ª Maria Dulcineia Cabral.

O fundo documental foi dividido em duas salas. Na principal, de leitura, arrumaram‑se as monografias e as publicações periódicas dos últimos dez anos. Na secundária, de menor dimensão, arrumaram‑se em estantes as monografias menos importantes para a psiquiatria e as publicações periódicas mais antigas. Procedeu‑se à encadernação, no Serviço de Terapia Ocupacional, das monografias mais deterioradas.

Em finais de 1981 a Biblioteca encontrava‑se reestruturada, organizada e em funcionamento com três tipos de catálogos: onomástico (autor), didascálico (título) e  ideográfico (assunto).

Ao grupo inicial juntaram‑se o Dr. Luís Simões Ferreira, o Dr. Luís Gamito e a Sra. D. Maria Emília Rodrigues Mendonça que tinha a seu cargo a supervisão da datilografia dos catálogos e o trabalho de coletânea da legislação publicada em Diário da República.

Publicou‑se, entre 1982 e 1987, o Boletim da Biblioteca do Hospital Júlio de Matos, de periodicidade trimestral. Este boletim funcionou como veículo de informação e comunicação, difundindo artigos originais, recensão de monografias e de artigos de publicações periódicas adquirias e permutadas.

Deve-se ainda ao empenho da Dr.ª Suzana Teiga, conjuntamente com outros profissionais, a publicação periódica, iniciada em 1988 até à atualidade, da Revista de Psiquiatria, de edição do Hospital Júlio de Matos. Segundo a mesma médica psiquiatra, esta publicação é: «(…)herdeira de uma tradição fecunda, a dos Anais Portugueses de Psiquiatra (…) [e] traduz um salto qualitativo a partir do Boletim da Biblioteca do Hospital Júlio de Matos (…). Com maior dimensão, (…), fôlego, e (…) ambição (…) surge uma nova revista médica-científica, feita e falada em português.» Dois jornais diários deram notícia da sua primeira edição.

Escadas em caracol – Biblioteca CHPL. @Vasco Inglez

Deste notável trabalho desencadeado pela Dr.ª Suzana Teiga com a participação de todo o grupo, podemos afirmar que a Biblioteca (“depósito” de documentos inanimados) passou a Centro de Documentação: conjunto de documentos animados pelos três catálogos, processando-se a informação do emissor ao receptor, utilizador.

Em 1996, o Dr. António Fonte, médico psiquiatra e director da Biblioteca, apresentou ao Conselho de Administração um projeto para a realização de obras na mesma. Previa a ampliação das salas e a aquisição de equipamento tecnológico adequado às necessidades de uma biblioteca moderna, possibilitando a tríade: livro, som e imagem animada, gravados em CD-ROm/DVD.

Este projeto atravessou dois Conselhos de Administração. Aprovado por um, e implementado por outro.

As obras iniciaram-se a 3 de Dezembro de 1999 e terminaram a 9 de Fevereiro de 2001.

Em 1994, aquando do 52.º aniversário do Hospital Júlio de Matos (2 de Abril de 1994), foi inaugurada a Biblioteca Professor Doutor Henrique João de Barahona Fernandes, onde todos os livros científicos, trabalhos e documentação foram integrados. Hoje inclui a Sala de Leitura Pedro Polónio, inaugurada a 11 de Julho de 2003.

A Biblioteca é especializada no domínio da Psiquiatria e áreas afins. Apesar de aberta ao público em geral, é visitada sobretudo por pessoas afetas à Instituição: médicos psiquiatras, internos de psiquiatria, enfermeiros especialistas em saúde mental, psicólogos, alunos dos cursos de enfermagem, de psicologia, de terapia ocupacional, de assistência  social, entre outros.

Trata-se de um espaço multifacetado onde existe a possibilidade de consultar e requisitar monografias e publicações periódicas sobre psiquiatria, neurologia, gerontopsiquiatria, psicofarmacologia, sexologia, pedopsiquiatria, toxicodependências, psicanálise, enfermagem, filosofia, sociologia, antropologia, medicina.